15 de mar. de 2009

ESSE VOCÊS TEM QUE VER...

Ja vi e ouvi histórias de amor Inimaginável como o desse filme. Mas o roteiro desse, é íncrível. Aborda um amor adulto, com implicâncias e quase nenhuma perspectiva. Mas consegue tirar os nossos melhores suspiros e lágrimas.
Mesmo assim, ainda continuo achando que a melhor e maior história de amor INIMAGINÁVEL, continua sendo a minha com meu único amor. (JULIANA)



Segue um texto muito interessante a cerca do filme. Vale a pena ler e assistir.

“ ... «Oh, espera um minuto.»
Tirou com relutância sua mão da dele e abriu a porta de cima, do lado direito do armário. Tirou duas velas brancas que comprara em Des Moines nessa manhã, juntamente com um pequeno castiçal de bronze para cada uma, e pô-las em cima da mesa.
Robert aproximou-se, tocou em cada uma das velas e acendeu-as enquanto ela apagava a luz do tecto. Agora estava quase escuro , á excepção das pequenas chamas apontadas para cima, quase imóveis na noite sem vento. Nunca a sóbria cozinha tinha estado tão bonita. Recomeçou a musica. Felizmente para os dois, era uma versão slow de «Autumn Leaves». Ela sentia-se desajeitada. Ele também. Mas agarrou-lhe na mão, pôs-lhe um braço em volta da cintura, ela aproximou-se dele, e a sensação de falta de jeito desapareceu. De alguma maneira, deu lugar a uma certa descontração. Ele moveu o braço na cintura de Francesca e puxou-a mais para junto de si.
Ela sentia o cheiro dele, a limpo e perfumado; um cheiro quente. O bom cheiro fundamental de um homem civilizado, que nele parecia natural.
«Que bom perfume,»disse ele, apoiando a sua própria mão e a dela no seu peito, perto do ombro.
«Obrigado.»
Dançaram lentamente. Sem se deslocarem muito em nenhuma direcção. Ela sentia as pernas dele contra as suas, e por vezes a barriga dele contra a sua.
A musica terminou , mas ele continuou abraçado a ela, sussurrando a musica que acabara de tocar,...”


“Em As Pontes de Madison, Clint é Robert Kincaid, um fotógrafo da National Geografic que está no Iowa para fotografar antigas pontes cobertas, famosas na região, para uma reportagem da revista. Meryl Streep é Francesca Johnson, uma dona de casa que trocou a Itália pelo sonho de viver na América. Casou-se com um soldado, e anos depois se vê criando os dois filhos do casal na paisagem bucólica de uma fazenda em que pouca coisa acontece, e vive-se a vida porque se acorda todo o dia, e não porque se têm sonhos. Perdido, o fotógrafo pede informações na fazenda dos Johnsons, mas a família foi para uma feira agropecuária, e apenas Francesca está em casa. O que acontece após este esbarrão do destino é aquilo que a astrologia resume como "efeito urano": é quando uma pessoa faz uma "burrada" tão grande que detona a sua própria vida e a de outras pessoas. Bem, quase faz, e é neste fragmento do "quase" que reside a beleza deste filme.
Nossos dois personagens desse épico romântico moderno passam quatro dias juntos, se apaixonam, descobrem uma certeza que só se tem uma vez na vida, e são obrigados a escolher entre ficar ou fugir. A encruzilhada abre diversas possibilidades e questionamentos. O amor, tal qual o conhecemos, sobrevive a rotina? É possível ser feliz após ter detonado a vida de uma porção de pessoas para alcançar essa felicidade? O passado pode ser esquecido como se queimássemos uma folha de papel e jogássemos as cinzas pela janela? É possível amar e não estar com a pessoa amada? Essa história de alma gêmea é uma brincadeira divina (o homem lá de cima deve ser um cara extremamente divertido) ou podemos, num momento x de nossas vidas, encontrar uma pessoa que nos faça acreditar que caminhamos uma vida toda para chegar a este encontro?
Enquanto você matuta respostas, Robert e Francesca são condenados a viver o amor em silêncio. E não existe amor mais forte que este, pois "o amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente", e como carregar por toda uma vida um amor que só durou quatro dias? Amando. É cruel e inconcebível pensar assim, mas apenas quem ama verdadeiramente pode entender que após encontrar a pessoa amada, o mundo ganha um novo significado, e a vida se transforma em uma estrada de mão única cuja última e única parada é chamada apropriadamente de fim. O amor justifica a vida. Melhor sofrer por amor que viver sem amar, diria o poetinha. Por mais vileza que seja amar em silêncio, não há como fugir desse destino. Porque só amando é que vamos correr o risco de sermos amados e, nesse fragmento de sorte, sermos eternamente felizes. No entanto, não se entra em uma história de amor para se ser infeliz, mas a infelicidade está incluída implicitamente na hora que compramos o pacote. Dói, eu sei, mas é só assim que você poderá ter a chance de guardar quatro dias inesquecíveis para se lembrar para o resto da vida. Pode parecer pouco, mas não é... acredite.
As Pontes de Madison é uma adaptação do famoso romance The Bridges of Madison County, de Robert James Waller, que supostamente é baseado em uma história real. Mais do que surpreender o espectador, que talvez nunca esperasse uma história de amor contada com tanta soberba e maestria por um dos heróis da classe western, As Pontes de Madison encanta por retratar o amor na idade adulta, quando pouco de nós espera alguma coisa a mais da vida, quando nossos sonhos de adolescência foram esquecidos, e a lembrança de que um dia sonhamos é algo que nos faz analisar e questionar toda uma existência. Quase ao final do filme, quando Francesca pede aos filhos que aceitem seu último desejo, dizendo que deu sua vida à família, e quer deixar para Robert o que restou dela, é impossível não entregar os pontos, as lágrimas, o coração e a alma para Clint Eastwood. Ele conseguiu algo que poucos conseguem: retratar o amor sem ser piegas ou cínico ou vingativo. E com isso, conseguiu filmar uma pequena obra-prima, mais uma de seu excelente currículo como cineasta, um filme que você precisa ver. "

Um comentário:

Indi(a)screet disse...

Ja te disse pra assistir ao filme Mr. Jones com o Richard Gere. So que nao eh todo romantico, eh sobre um paciente bipolar.

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