18 de jul. de 2009

Meu coração pede Unforgettable


Unforgettable

Pra você que é inesquecível como essa canção, e que está sempre no meu pensamento, e sempre terá um lugar especial no meu coração.


Agora, de volta à minha realidade, faço um puzzle dos pedacinhos que vivi, retalhos de uma história que continua por acabar...
Lembro um tempo que foi à uma eternidade e que parece ontem. E não terá sido? Não, parece-me que fui apenas viver mais uma parte da história, algo que faltava lá atrás... Como se fosse um capitulo perdido no meio de um livro que ainda não terminámos de ler...É o que parece.
De alma leve, sinto o dever cumprido. Ainda bem que parti, ainda bem que conheci você só mais uma vez. A ultima?Não sabemos.
Não podia ter sido de outra maneira... Nos encontramo-nos para reviver uma história de fantasmas, uma história arrancada do passado. Por isso escolhemos uma cidade estranha, onde não houvessem correntes que nos podessem amarrar por descuido.

O que tivemos é tambem uma forma de amor à nossa maneira. Quando é que se passa a linha ténue do gostar para o amar? O gostar não será tambem uma forma de amor?Porque tambem se ama no carinho. Porque há os amores que não duram para sempre mas que podem ser eternos, como aqueles que não se esquecem. E nesta história o amor existe porque podemos ser livres. Porque eu posso ser eu, e você pode ser você. Porque acima de tudo, amo o que sou ao estar com você. É esse talvez o nosso amor. Um amor diferente, que não nos prende.


E agora aqui, sabe o que trouxe de você? Tudo!
Trouxe os teus olhos claros. Trouxe os teus dedos que tocam ao de leve na pele.
Trouxe você, de corpo molhado de toalha enrolada a saltares para a cama com esse sorriso tão cheio de ternura!
Trouxe a tua lingua a deslizar nas minhas costas em descobertas matinais por baixo dos lençóis.
Trouxe a tua voz a cantar uma musica espanhola (que eu sempre acho que é paraguaia) ...
Trouxe o sol que bate no vidro da janela de uma casa de 4 cômodos.
Trouxe o calor dos teus lábios...a leveza de espirito, a sinceridade que sempre te admirei.
Trouxe-te deitada no meio de lençóis brancos, amarrotados a me ver assim despido, perante você.
Trouxe o gosto dos beijos, os sabores, o sugar da alma.
Trouxe você a levantar o lençol e nos prender lá em baixo, como se quisesses apenas se esconder do mundo, ou de você...trouxe o teu cheiro de novo preso em mim.
Trouxe o bater do teu coração, o silêncio do quarto quando, já aurora, adormecemos de corpos nus, enroscadinhos.
Trouxe tudo e deixei tudo de mim. Para que, quem sabe, neste instante me recorde tambem. Não custa tanto assim deixarmos pedaços de nós em alguem...

E uma vez mais a história ficou lá atrás, para quem sabe um dia, com jeitinho, se pegar nela outra vez, para sentir que estamos vivos. Para se sentir a palavra liberdade que nos rasga o ser querendo ser livre.
Fazemos a viagem para a estação...agora sim, custa.
Vamos lado a lado, sentados no banco traseiro do táxi sem dizer palavra nenhuma. Olho as paredes da cidade, as árvores, o movimento. Toda a vida continua sem se dar conta de quantos muros nós derrubamos em conjunto para estarmos naquele momento juntos. E os nossos muros nem são assim tão intransponiveis, afinal.
Ninguem sabe, ninguem repara nem ninguem quer saber...o mundo continua igual...Te vejo além, na sua preguiça que escorrega devagar.
E eu lembrando a ultima vez que estive aqui, o coração a ficou apertadinho...
E nós dois, de mãos dadas...como se tivessemos medo de nos perdermos um do outro., caminhando na pressa de quem não o quer fazer.

Acabo partindo no navio que, vai naufragar. E trago na bagagem as tuas palavras:
Não vá. Fica comigo por toda ETERNIDADE.

E eu te abraço com um coração querendo rebentar porque as despedidas doem sempre. E os olhos rasos de água, prendendo as lágrimas para não chorar, não agora.
Cheiro você para te trazer comigo, beijo você e digo ao seu ouvido:
- Até daqui a ...pouco
E entro sem te olhar para não sentir o peso dos teus olhos, para que não veja os meus.

Não posso dizer adeus...
Duas horas de viagem ouvindo musicas que me deixam percorrer de novo cada segundo, cada palavra, cada gesto. Só para não esquecer, só para guardar junto a todas as outras imagens que me fazem companhia em noites em que lembrar as coisas boas ainda é o melhor...

E quando saio na estação com cheiro a maresia, sorrio.
E murmuro baixinho na esperança que o teu espirito possa me ouvir:
- Até daqui a cinco anos...e se não for pedir muito, pensa em mim, só para que nada tenha sido em vão...

Pelas ruas iluminadas e encantadoras de Curitiba, um casal passeia de carro ouvindo essa música. Eles se amam...Vão sempre se amar.


3 comentários:

Anônimo disse...

ui o amor e coisas romanticas tão me descendo como veneno

Anônimo disse...

Acho lindo, um homem falar de amor assim...
Coisa rara!...fiquei fã!
Beijo
Vera

Lília Amorim disse...

Nossa Diego você me fez viajar...uma viagem tão boa,lembrei de um grande amor que tive e infelizmente partiu deste mundo há 10 anos mas que será inesquecível também.
Eu sou alguém que tem que viver de mãos dadas com a paixão sempre,tenho que me apaixonar sempre...
Pensei até que nunca fosse casar porque não conseguia viver sem a montanha russa ...mas o amor é calminho e tem dias que eu invento a paixão aqui em casa para que o amor nunca se vá.

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