1 de jun. de 2010

A pimentinha entre nós


Esse vídeo é em homenagem a PIMENTINHA do diHITT "LUCIANA VAZ"

Elis Regina. E, gostando ou não, ela foi e é importantíssima no contexto musical brasileiro, uma referência até hoje. 

Luciana Vaz. E gostando ou não, a Lu faz diferença no diHIIT, pelos seus relatos em textos que prendem os seus fiéis leitores.

Elis Regina: Um sorriso que fazia seus fãs se emocionarem.

Luciana Vaz: Um sorriso que vence até a Inglaterra.

Por Elis:""E vou trabalhar para a melhoria do planeta, do meu jeito. Porque a cada dia que passa mais acredito no grupo,a gargalhada, na leveza, na força do sol atuando em cima das pessoas, a cada dia que passa quero ser mais feliz, batalhando para ser uma pessoa tranquila diante de mim mesma e de meu espelho. Continuo com os passarinhos, com as flores, as cascatas e os rios. Sou uma pessoa antiga. Não vou trair minha cabeça, meu jeito de ser; apesar que até dei uns avanços. Mas daí, Deus é quem sabe, tá sabendo?"

Por Luciana:Desde pequena planto árvores, considerando o pé de feijão que germinou naquele algodão quando eu ainda tinha dislexia, até o abacateiro que cresceu anos mais tarde no meu jardim. 

Quase tive um filho, ajudei a escrever um livro. O filho se foi antes mesmo de eu saber que ele já era uma semente dentro de mim. Isso aconteceu antes do abacateiro, bem antes. 
O livro é “Vidas em Pauta”, porém, tenho outros guardados em forma de pequenos fragmentos, escritos entre uma árvore e outra, rascunhos que podem se tornar páginas para serem viradas e reviradas. 
Ao falar de moradores de rua, especialmente ao conhecer o marginalizado e batalhador Franceilton*, algumas coisas tornaram-se menores. A síndrome do pânico e a depressão que vivencio, ora intensamente, ora levemente, já não são mais tão sombrias. Claro que dancei essa ciranda de mãos dadas com muitos amigos, afinal de contas, não existe quem se baste. E dessa brincadeira nasceram flores e frutos que me causaram tanto espanto quanto o pé-de-feijão que vi crescer na minha infância. 

Concluo com esse texto da Mônica que caiu feito luva para o vídeo.

"Vivemos como os nossos pais, com os mesmos gostos, costumes, manias. “Voltamos a viver como há 10 anos atrás”, palavras do poeta, que dão o mesmo sentido de reviver o passado, porque talvez seja melhor ficar lá, onde tudo era menos triste que agora. Saudosismo envolvendo canções que são tão parecidas, mas com perspectivas diferentes. Os jovens que aqui vivem, não viveram como lá.
Porque lá atrás, aprendíamos coisas nos discos, na história, passadas de geração a geração, gente jovem se reunia, pra compartilhar momentos, sonhos, lembranças e para simplesmente...serem jovens! Agora, o sinal está fechado pra nós, jovens, e todos os meus amigos (e eu) estamos procurando emprego. Faltam oportunidades de nos deixarem promover um futuro melhor ao nosso país. Há perigo na esquina, porque os assassinos estão todos livres, enquanto nós estamos presos a uma realidade onde quem tem ideais, e quer construir algo de bom, precisa se enclausurar pra fugir dos ladrões de sonhos que estão soltos em todas as partes querendo roubar nossa liberdade e nossa paz. Os jovens não se reúnem mais, clamam por um pouco de atenção, no tédio de suas solidões sem fim que os impedem de conhecer a pessoa que está diante do espelho.
Mas precisamos urgentemente de paz. De abstração. Não é fácil carregar o fardo de ser responsável pelo futuro da nação. Cansa. Precisamos viver como os jovens de antigamente, permitir que as nossas vidas possam se encontrar e que elas possam encontrar algum sentido, e algo além de poeira pelos cantos e saudade de uma época em que os jovens não éramos nós. Não queremos mais que a primeira vez seja também a última chance. Oportunidades imploram existir.
Se for pra encarar o mundo sozinho, que existam sonhos no caminho, e que eles não nos assustem. Que não entreguemos a batalha. Que o mundo enxergue onde chegamos, e a herança que vamos deixar, seja melhor do que a que temos agora. Que não comparemos as nossas vidas, mas que possamos uni-las. E que tenhamos sim, compaixão. E paixão. E coragem. Pra que o palco das nossas vidas possa ser um teatro com personagens reais, independente dos aplausos, mas que represente fielmente a nossa história.
Fonte: By Mônica 

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