24 de jul. de 2010

Corações psicodélicos em uma madrugada normal.



Ontem a noite resolvi mudar a rotina que a minha vida estava tomando. Eu falei pra mim mesmo que não ia virar a meia-noite e estaria dentro de casa. Liguei pra Anita e perguntei se tinha algo bacana pra fazer. Pela zuada no cel já deu a entender que ela já estava nesse “bacana pra fazer”. Pense numa pessoa que bateu o recorde para se arrumar. Porque tenho apelido de “noiva” porque demoro pra kramba pra me vestir. Marcamos um point para ela trazer os amigos que estavam com ela. Porque onde estavam o som alto já se encontrava incomodando a civilização normal que precisa dormir.

A doida da Anita veio com mais 6 pessoas. Amigos com a faixa etária 18 – 30 anos. E já estavam bebendo desde cedo, whisky e Red Bull. Me ofereceram e eu neguei. Não preciso de Red Bull pra me dá asas. Eu tenho elas sempre precisar de ajuda desse tipo. Ahahaha.
Tinha telão passando uns videoclips muito massa, eu curti o repertório. Era todo estilo de musica que você possa imaginar. Anita estava super animada (efeito do red Bull) ahahahah, começou a dançar assereje das Las-Ketchup. E eu adorei ver essa cena. Depois o barzinho fechou as 2 e fomos pra mais longe da civilização para não incomodar os normais. Escutamos som bem alto no meio do mato. Cantamos alto, gritamos, pulamos. As 5 horas queriam ir embora, eu não deixei ninguém ir, levei todos pra fazenda. Chegamos fazendo barulho lá da entrada. Quando apresentei eles a Bá, ela disse “- Menino, pensei que tivessem aberto todas as jaulas do zoológico da cidade e vieram todos parar aqui!” a galera toda deu risadas. Tinha que ser a Bá pra falar isso na cara mesmo. Daí, percebi a galera toda ficando sem forças e ânimo.
- É, acabou o efeito do red Bull é?

Pedi pra Bá preparar o caldo que levanta até defunto (receita dos antepassados dela). E coloquei todos pra correr atrás da galinha (coitada, seria vitima nessa historia). Depois tomaram água de coco. Mas levantaram os ânimos rapidinho quando coloquei o Maguila ( um Peru bravo que tem aqui) pra correr atrás deles. Ahahah foi comédia.
Na hora da comilança, todos na mesa mandando brasa na boca e estomago. A amiga da Anita diz :
- Anita, temos que esse rapaz aí pra outras baladas, ele é louco e super gente boa.
- Bem fácil e nem paga nada por isso. É só não fazer o que vocês fizeram ontem a noite. Que foi encher a cara de bebidas e essa coisa de Red Bull. Fala bem sério, se não é mais gostoso levar um corridao de um peru alucinado, correr atrás de uma galinha e comer essa delicia da Bá?

Falar em pegar galinha, eu participei pra pegar, mas pra ver a bichinha sendo morta, eu fico bem longe. A Bá sabe que sempre fiz isso. Eu me apego a todos os bichos. É difícil ver eles morrendo para matar a fome dos humanos.

Sei que a galera se fartou, encheu o pandú e foram embora com aquela disposição prontos para mais uma noite de agito. Descobriram que o caldo da caridade é mais poderoso que o RED BULL. Ahahahah
Descobri também que a Anita com toda as loucuras dela, é melhor do que conviver com alguém que leva a vida na ponta do lápis sendo normal e certinha. Os errados que me refiro, são pessoas como a Anita que dá até a roupa do corpo pra ajudar um amigo.

Ela é um alguém para divagar sobre tudo e sobre o Nada. Alguém para dizer o que achou daquele pássaro que voou baixo naquela mesma manhã. Alguém para convencê-lo do contrário. Alguém para ter algum sentimento, qualquer coisa que se sinta. Alguém para chamar pelo nome, alguém para chamar de eu-no-outro, ser chamado de outro-em-mim. A mistura indelicada, confusa e abrupta que é do amor.

Esse beeeijo vai para a minha louca e sem juízo amiga Anita. Te desejo toda a felicidade do mundo, que toda essa tua vontade de viver seja compensada com uma felicidade sem fim!

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